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Conte um pouco sobre sua história.

 

Lana Olione Pessoa, 29 anos, nasci em São Paulo e moro aqui, mas quando criança morei em Sergipe e no Rio de Janeiro. Sou Educadora Física formada pela USP, especialista em Saúde da Mulher também pela USP, Administração Hospitalar, Treinamento Personalizado e em Bases Nutricionais. 

Atualmente sou Personal Trainer presencial no período da manhã e divido meu tempo no resto do dia entre: planilhas dos alunos à distância, administração de duas lojas online: roupas fitness e de suplementos e planejo as aulas das professoras que fazem parte da minha equipe.  

 

Quando foi que decidiu que gostaria de trabalhar como educadora física? Teve algum motivo específico para esta sua escolha? 

 

A atividade física sempre foi muito presente na minha vida. Desde criança fui a melhor nos esportes na escola e sempre adorei dançar. Aos 15, passei a frequentar academia e principalmente as aulas de ginástica. Também tive exemplo dentro de casa: minha mãe e minha tia faziam ginástica e assistiam aos programas da Solange Frazão. Apesar disso, nunca pensei em fazer Ed. Física, porque até pouco tempo atrás era uma área bem desvalorizada e mal remunerada. À princípio pensei em fazer Medicina, mas sempre estudei em escola pública (e acredito isso limitaria no vestibular) e tive que trabalhar, então achava difícil conciliar tudo. Optei por Enfermagem, mas li um edital da USP que falava sobre Educação Física e Saúde e me identifiquei. Achava ótimo poder juntar lazer com uma área de interesse profissional. Durante os primeiros anos de faculdade me senti desestimulada pelo valor que pagavam nos estágios e pensei muitas vezes em mudar de curso. Mas quando amamos o que fazemos e fazemos da melhor forma, alguma coisa acontece que passa a dar certo. Comecei a estagiar como professora de ginástica e consegui preencher todos os meus horários. Depois que saí do estágio, passei a dar personal presencial e mais uma vez, em menos de um ano minha agenda estava lotada. Cheguei a dar 10 aulas por dia, trabalhando em média de 14-16 horas, por conta do deslocamento entre um aluno e o outro.  

 

Quando percebeu que o instagram poderia lhe ajudar a divulgar seu trabalho? Ou, se não foi com esta intenção, conte por quê resolveu publicar vídeos e fotos de exercícios/alimentação.

 

Sempre ouvia dos alunos: “não consigo me alimentar bem”, “não consigo me organizar”, e eu falava: “se com a rotina puxada que eu levo, eu consigo fazer tudo isso, me alimentar bem, treinar, então você também consegue”.  Criei o Instagram para mostrar para os meus alunos a minha rotina e ver que mesmo com o tempo apertado era possível, desde que déssemos prioridade para isso. No início o Instagram era focado em alimentação, pois a parte de atividade física eles já tinham nas aulas presenciais. Então uma amiga Nutricionista sugeriu que eu começasse a postar sobre exercícios também. Foi assim que nasceu a #MissãoMulherMaravilha, um desafio que consiste em praticar 1h de aeróbio, durante 30 dias e tirar uma foto do antes e depois para comparar (os resultados estão no #ResultadosLana). E como as pessoas gostam de desafios, uma pessoa indicava para a outra. Depois de um tempo, começaram a me perguntar se eu fazia planilhas de treino e a partir daí resolvi investir no segmento à distância – que hoje é a minha maior fonte de renda, gerada pelo Instagram. 

 

Quando percebeu que havia crescido dentro desta rede social?  

 

Percebi quando um amigo me falou que o meu numero de seguidores dava pra encher um estádio de futebol rs Antes disso não tinha noção de quantas pessoas me seguiam.  

 

Algum (a) seguidor (a) já te reconheceu na rua? 

 

Inicialmente as pessoas me reconheciam na academia, mas nunca falavam comigo. Comentavam nas fotos falando que tinham me visto e só. Agora as pessoas falam comigo no shopping, no restaurante. Às vezes vejo alguém me olhando com cara de: “será que é a Lana?”. Independente da situação, ainda não me acostumei e sempre morro de vergonha (risos)

 

Por que o nome "lanapersonaltrainer"? 

 

Inicialmente achei uma boa ideia, pois as pessoas batem o olho e já sabem o nome e profissão, e o que esse Instagram pode agregar – coisas interessantes sobre o mundo fitness, uma área bem explorada pelo Instagram. 

 

Em relação à parceria, tem algum tipo de "regalia"?

 

Desde os meus 30k seguidores me procuram para fazer parcerias: clínicas de estética, lojas de roupas, suplementos, mas a maioria queria permuta. Até uns 80k/100k era vantajoso fazer, e só fazia quando o produto tinha a ver com o meu estilo de vida, se eu gostava, se agregava. Mas a partir de 100k passei a ter ajuda de uma assessora e a negociar os publiposts. Alguns faço espontaneamente, sem cobrar nada, pelo simples fato de gostar da marca ou do produto. Mas mesmo sendo pago, tenho que me identificar com a marca. Atualmente tenho parcerias com clinica de estética, cirurgião plástico, dentista, dermatologista, nutricionista, marcas de suplementos, marcas de roupas fitness e salão de cabeleireiro.  

 

Qual a parte mais difícil encontrada por você nesse caminho? O de ajudar as pessoas a emagrecerem/atingirem seus objetivos pessoais... 

 

Com o numero de seguidores que tenho e por ser uma profissional da área, sinto que sou uma porta voz, então o que falo realmente tem poder. Muitas vezes tenho medo de publicar algo que para muitas pessoas atinja de uma forma positiva, como por exemplo: “vamos queimar essa banha que tá pulando”, mas também sei que atinge negativamente algumas pessoas, e isso me preocupa, porque quem está com a auto estima baixa pode se sentir ofendido e se afundar ainda mais nesse quadro. Então tento dosar muito e revisar o texto antes de publicá-lo. 

 

Você "jaca"? 

 

Sim, várias vezes, mas acerto muito mais que jaco(risos). Então consigo me manter saudável e com uma aparência fitness. E não consigo jacar um dia todo, não tenho day off, somente uma refeição. Geralmente como pizza no final de semana. O que me ajuda muito é não ter besteiras em casa, então fica mais difícil jacar. 

 

Quais os maiores benefícios que compartilhar sua rotina te trouxe? E os malefícios?  

Saber que de alguma forma isso incentiva as pessoas. É muito bom saber que posso ajudar as pessoas mesmo de longe. Acho que quando escolhi Medicina/Enfermagem isso já estava previsto. Com o Instagram ajudo as pessoas a ter uma melhor percepção de auto imagem, melhoram a auto confiança e consequentemente as pessoas te veem de uma outra forma. A partir de uma auto imagem melhor você se sente mais confiante. A parte ruim é que você expõe muito a vida. E de certa forma, do mesmo jeito que atrai muitas pessoas do bem também pode atrair muitas pessoas e sentimentos ruins. Nem sempre as pessoas admiram uma pessoa bem sucedida e com um corpo melhor que a média. 

 

Como isso interferiu no seu trabalho?  

 

As pessoas/empresas que se identificaram comigo me deram muitas oportunidades, como parcerias. Mas também conquistei muitos alunos à distância e tive a oportunidade de abrir duas lojas online.  

 

Você recebe críticas? Se sim, elas são boas ou/e ruins? Como você lida com elas?  

 

Sim, a maioria boa. As ruins eu leio, tento interpretar de uma maneira construtiva, caso contrário simplesmente descarto. Na internet todos tem coragem para falar o que quiserem, então é de extrema importância filtrar tudo.   

 

Qual a maior diferença da sua antiga vida para a nova vida? No sentido de ficar conhecida dentro do instagram...

  

A única diferença é o reconhecimento profissional que passei a ter. As pessoas respeitam minha opinião, meu trabalho, porque sabem que tenho conhecimento suficiente para compartilhar. 

 

O que você pensa sobre outros instagrans que fazem a mesma coisa? Você acha que compartilhar a vida saudável virou "moda" no Brasil?  

 

Acho que nunca é demais disseminar conhecimento e tentar plantar uma semente para que as pessoas passem a cuidar da própria saúde. O que mais me preocupa é que tem muitas pessoas que não são da área e por serem famosos e formadores de opinião  passam “dicas” e as pessoas acreditam cegamente. Conheço muitos perfis que não são formados na área mas conseguem passar uma informação clara e efetiva, mas as pessoas tem que colocar na cabeça uma coisa: o que serve para mim e o que dá certo para mim, nem sempre dará certo para a pessoa também.  
 

Você se inspira em alguém?  

 

Eu me inspiro na Bella Falconi. Admiro a dedicação e a força de vontade, não que eu queira ficar igual a ela. 

 

E palestras? Você faz/pretende fazer?  

 

Eu acho muito interessante, tenho muita vontade, mas estou passando por um processo de reestruturação do meu negócio e estou sem tempo para me dedicar a isso.  
 

Você acha que esses instagrans fits podem atrapalhar algumas pessoas? Acha que isso acontece com bastante gente?


Sim, acontece, por isso que falei: o que serve para algumas pessoas podem não servir para você. Você deve seguir as pessoas com as quais você se identifica.  

 

Você tem algum conselho/dica para as pessoas que estão lendo a matéria?

 

Cuidar do nosso corpo é um algo que pode ser visto a olho nu. Conseguimos ver o quanto cuidamos de nós mesmos, cuidamos da nossa saúde, do nosso intelecto. É uma forma que pode demonstrar o quanto somos dedicados e conseguimos alcançar nossos objetivos. Em um mundo onde a aparência conta muito, cuidar do que vemos no espelho, é muito importante. Que tal começar com algo simples, metas pequenas e alcançáveis, 10, 20, 30 minutos por dia e ir aumentando a cada semana? O corpo vicia no bem estar, mas antes você precisa vencer o comodismo, vencer a vontade de economizar energia. Não vivemos mais na época das cavernas que tínhamos que economizar energia para viver. Hoje tudo está nas nossas mãos e precisamos gastar energia para sobreviver, afinal o acumulo dela não nos faz bem.  

 

Você acredita que, como existem muitas pessoas compartilhando sua rotina fitness no dia a dia com milhares de seguidores, isso pode acabar diminuindo a visibilidade dos profissionais, como você, que possuem licenciatura e bacharelado nessa área?  

 

Não, o não-profissional não interfere negativamente no profissional. Na verdade, aumenta a nossa visibilidade, pois eles seguem o acompanhamento de um profissional. Então o sucesso deles ainda assim depende de nós.  

 

 

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